Ex-jogador de basquete agride namorada com mais de 60 socos em elevador em Natal

Ex-jogador de basquete agride namorada com mais de 60 socos em elevador em Natal

Editoria VCO

30/07/2025

A prisão de Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete profissional, chocou o país ao revelar uma das agressões mais violentas registradas recentemente em contexto doméstico. Ele foi preso em flagrante após golpear a namorada Juliana Garcia dos Santos mais de 60 vezes no rosto, dentro de um elevador de condomínio em Natal (RN). As imagens registradas pelas câmeras de segurança mostram toda brutalidade do ataque e levantam questões sobre violência doméstica, segurança e justiça.

O crime registrado pelas câmeras

A agressão aconteceu no último sábado, quando Igor e Juliana entraram em um elevador juntos em um condomínio de Natal. De repente, o ex-atleta iniciou uma sequência de golpes brutais. Juliana saiu do local com o rosto desfigurado, ensanguentado e gravemente ferida. Vizinhos socorreram a vítima e acionaram a polícia. Imagens mostram a intensidade da violência, que durou vários segundos até a intervenção de terceiros.

Histórico de violência e contexto familiar

Em depoimento, Igor alegou ter sofrido um “surto de claustrofobia”, atribuindo o ataque a uma reação descontrolada após uma discussão. Ele afirmou sofrer de claustrofobia e que Juliana teria rasgado sua camisa. Ainda assim, testemunhos e o registro policial revelam que esse não foi o primeiro episódio de agressão: Juliana relatou ter sofrido violência física e psicológica anteriormente, incluindo empurrões e humilhações, além de pressão para que tirasse a própria vida, segundo os relatos à Polícia Civil.

Desdobramentos legais e possibilidade de indiciamento

Após a prisão em flagrante, a Justiça converteu a medida para preventiva. A investigação tramita sob a suspeita de tentativa de feminicídio, sendo um crime grave previsto no Código Penal. A defesa menciona a existência de um filho pequeno com deficiência grave, o que poderia abrir caminho para pedido de prisão domiciliar. No entanto, a legislação atual considera vedada sua aplicação em casos com violência grave contra a mulher, o que dificulta qualquer alternativa à prisão.

Estado de saúde da vítima e apoio comunitário

Juliana está consciente e apresenta quadro de saúde estável, embora enfrente inchaço intenso no rosto. Segundo amigos próximos, ela passará por cirurgia após a redução do edema facial. Uma vaquinha online foi organizada para custear o tratamento, amparando uma mulher que precisou enfrentar consequências físicas e emocionais profundas.

Opinião VCO

Este caso escancara a face mais cruel da violência doméstica, mostrando que ninguém está imune a agressões extremas — mesmo aqueles vistos como figuras públicas ou referências esportivas. A brutalidade da cena evidencia um colapso na cultura de respeito e empatia que nossa sociedade precisa combater com urgência.

Apesar de não questionar o caráter da pessoa envolvida, é fundamental que medidas preventivas sejam reforçadas em todos os espaços, inclusive em condomínios e áreas comuns. O combate à violência contra a mulher exige fiscalização eficaz, conscientização e acolhimento contínuo às vítimas.

É necessário que o sistema de justiça atue com rapidez e rigor, garantindo que vítimas como Juliana tenham amparo pleno e que culpados enfrentem as consequências legais. Somente com investigação aprofundada, atendimento médico e suporte psicológico a vítimas, poderemos construir caminhos mais seguros e justos.