Goiás enfrenta desafio de erradicar 140 lixões ativos até 2025

A situação dos lixões em Goiás é um desafio significativo. Atualmente, 140 lixões permanecem ativos em municípios de diversas regiões do estado, representando uma preocupação tanto ambiental quanto social. A meta, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), exige que todos os lixões sejam substituídos por aterros sanitários até 2025. Porém, o caminho para cumprir esse objetivo é árduo, e especialistas apontam que o prazo será apertado para muitas cidades.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), apenas 30% dos municípios goianos têm aterros sanitários em operação. O restante enfrenta dificuldades financeiras e estruturais para implementar o modelo adequado de gestão de resíduos. O governador Ronaldo Caiado, em uma recente coletiva de imprensa, destacou:

“Não haverá mais lixões no estado de Goiás. Essa meta será cumprida com o apoio de todos os municípios e investimentos contínuos.”

Desafios enfrentados pelas cidades

Entre os maiores obstáculos para erradicar os lixões está a falta de recursos. Muitos municípios dependem de repasses estaduais e federais, que nem sempre chegam de forma suficiente ou em tempo hábil. Além disso, há carência de capacitação técnica para a elaboração e gestão de projetos de resíduos sólidos.

Outro desafio importante é a conscientização da população. O descarte irregular de lixo agrava o problema, e campanhas de educação ambiental têm sido insuficientes para conter a prática. Apesar disso, iniciativas como a coleta seletiva, implementada em 40% dos municípios goianos, começam a apresentar resultados positivos.

Impactos ambientais e sociais

Os lixões causam danos significativos ao meio ambiente. A contaminação do solo e das águas subterrâneas é uma das consequências mais graves. Além disso, a emissão de gases do efeito estufa agrava a crise climática. Socialmente, os catadores que trabalham nessas áreas vivem em condições precárias, sem segurança ou direitos básicos assegurados.

Segundo um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), o impacto econômico dos lixões ultrapassa R$ 3 bilhões anuais no Brasil, devido a problemas relacionados à saúde pública e à recuperação ambiental.

Possíveis soluções e perspectivas

Para cumprir a meta de erradicação, especialistas recomendam parcerias público-privadas como alternativa viável. Essas parcerias podem acelerar a construção de aterros sanitários e fortalecer programas de reciclagem. Além disso, projetos de educação ambiental devem ser intensificados, priorizando escolas e comunidades diretamente afetadas pelos lixões.

Por fim, o governo estadual promete reforçar os repasses e a assistência técnica aos municípios. Até o momento, 50 cidades goianas já apresentaram projetos em busca de financiamento para construir aterros sanitários. Contudo, ainda há um longo caminho para garantir o cumprimento da PNRS até 2025.

Fontes:

Crédito da imagem: Foto ilustrativa de resíduos sólidos, autoria de João Ramos, disponibilizada pelo banco de imagens da Semad Goiás.

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